Alexandre Martins Pamplona Ramos

Alexandre Martins Pamplona Ramos
Alexandre Martins Pamplona Ramos
Nascimento 6 de junho de 1865
Praia da Vitória
Morte 4 de fevereiro de 1933
Angra do Heroísmo
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação médico, político
[edite no Wikidata]

Alexandre Martins Pamplona Ramos (Praia da Vitória, 6 de Junho de 1865 — Angra do Heroísmo, 4 de Fevereiro de 1933) foi um médico e político açoriano que se notabilizou no combate à epidemia de peste que afectou a ilha Terceira nos primeiros anos do século XX. Entre outras funções, foi governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo.

Biografia

Alexandre Martins Pamplona Ramos era filho de António Ramos Moniz Corte-Real e de Maria do Livramento Martins Pamplona Ramos, uma família com raízes na região do Ramo Grande desde os tempos do povoamento. Pelo lado paterno a família estava ligada a Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real, o 1.º conde de Subserra.

Depois de estudos preparatórios na sua vila natal, formou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, tendo, em 1891, ainda aluno do 5.º ano de Medicina, diagnosticado, pela primeira vez em Portugal, uma hemoglobinúria paroxística "à frigore" (ou doença de Harley), doença que viria depois a ser abordada na sua dissertação de formatura, orientada pelo Professor José Curry da Câmara Cabral e publicada em 1895.

Alexandre Ramos distinguiu-se principalmente na investigação e no tratamento da peste, tendo trabalhado com o Dr. António Joaquim de Sousa Júnior no controlo da epidemia de 1908 que afectou a Terceira. Foi considerado pelos Professores Fernand Widal e Francisco Pulido Valente, como um verdadeiro precursor médico e um mestre da ciência clínica e da prática médica.

Tendo-se envolvido na política partidária, o Dr. Pamplona Ramos foi chefe do Partido Regenerador na Terceira nos anos que antecederam a proclamação da República Portuguesa. Após aquela data aderiu ao Partido da União Republicana, então liderado por Brito Camacho, mantendo uma intensa actividade política que marcaria a sua vida profissional e pessoal.

No ano de 1925, nos tempos finais da Primeira República Portuguesa, ocupou por alguns meses o cargo de governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo.

O seu trabalho como médico municipal e subdelegado de saúde na Praia da Vitória granjeou-lhe renome e influência, mormente na Praia da Vitória, onde era considerado um clínico excepcional, muito dedicado aos seus doentes, modesto e humilde. Apesar da profissão que exerceu e da sua popularidade, morreu pobre.

O Dr. Alexandre Ramos foi diversas vezes evocado no passado, nomeadamente pela atribuição do seu nome à rua da Praia da Vitória onde nasceu e pela publicação de diversos artigos sobre a sua vida e obra, com destaque para um publicado por ocasião do 30.º aniversário do seu falecimento, na edição de 4 de Agosto de 1963 do Diário Insular, da autoria do Dr. Francisco Valadão Júnior.

Ligações externas

  • «Pamplona Ramos». na Enciclopédia Açoriana 


  • v
  • d
  • e
Monarquia
Constitucional
Luís Pinto de Mendonça Arrais • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara (1.ª vez) • António Pedro de Brito • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara (2.ª vez) • José Silvestre Ribeiro • Nicolau Anastácio de Bettencourt (1.ª vez) • Francisco de Meneses Lemos e Carvalho • Nicolau Anastácio de Bettencourt (2.ª vez) • António José Vieira Santa Rita • Nicolau Anastácio de Bettencourt (3.ª vez) • António de Oliveira Marreca • António Marcelino da Victória • Nicolau Anastácio de Bettencourt (4.ª vez) • António Maria Cordeiro • Cassiano Sepúlveda Teixeira  • José Maria da Silva Leal • José Inácio de Almeida Monjardino (3.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (1.ª vez) • Albino de Abranches Freire de Figueiredo • Joaquim Taibner de Morais (interino) • José Guilherme Pacheco • Joaquim Taibner de Morais (interino) • António de Gouveia Osório • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara • Miguel Vaz Guedes de Ataíde • Félix Borges de Medeiros • Francisco de Albuquerque Mesquita e Castro • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (1.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara • (2.ª vez)  • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (2.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (3.ª vez)  • Afonso de Castro • João António Pereira Neves • Augusto Maria da Fonseca Coutinho • Jacinto Cândido da Silva (interino) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (4.ª vez) • Cândido Pacheco de Melo Menezes Forjaz de Lacerda (1.ª vez) • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (3.ª vez) • Henrique de Sá Nogueira de Vasconcelos • Henrique de Castro (interino) • José Pimentel Homem de Noronha • Manuel Homem da Costa Noronha • Emídio Lino da Silva Júnior (1.ª vez) • Cândido Pacheco de Melo Menezes Forjaz de Lacerda (2.ª vez) • Emídio Lino da Silva Júnior (2.ª vez) • Raimundo Sieuve de Meneses • Teotónio Simão Paim de Ornelas Bruges (1.ª vez) • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara • José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa • Aristides Moreira da Mota • João Carlos da Silva Nogueira • Teotónio Simão Paim de Ornelas Bruges (2.ª vez) • Jacinto Carlos da Silva
Estandarte dos governadores civis
1.ª República
Henrique Ferreira de Oliveira Braz • António Afonso de Carvalho  • Francisco de Mendonça Pacheco de Melo • João de Mendonça Pacheco de Melo • João Baptista da Silva  • Adolfo da Trindade • António Silveira Lopes • Joaquim Teixeira da Silva (1.ª vez) • Francisco Vicente Ramos  • Constantino José Cardoso (1.ª vez) • Joaquim Teixeira da Silva (2.ª vez) • Álvaro de Castro Meneses (1.ª vez) • Constantino José Cardoso (2.ª vez) • António Veríssimo de Sousa  • Virgílio da Rocha Diniz  • Francisco de Paula Homem da Costa Noronha • António Amorim Pires Toste • António José Teixeira (1.ª vez) • Sebastião Ávila de Vasconcelos • Manuel de Mesquita (1.ª vez) • António José Teixeira (2.ª vez) • Álvaro de Castro Meneses (2.ª vez) • Alexandre Martins Pamplona Ramos • Francisco de Mendonça Pacheco de Melo
Ditadura Nacional
Estado Novo
3.ª República
Controle de autoridade