Alice Guy Blaché

Alice Guy-Blaché
Alice Guy Blaché
Alice Guy-Blaché no final do século XIX
Nome completo Alice Ida Antoinette Guy
Nascimento 1 de julho de 1873
Saint-Mandé, França
Nacionalidade francesa
Morte 24 de março de 1968 (94 anos)
Wayne, Nova Jersey, Estados Unidos
Ocupação Cineasta
Produtora
Roteirista
Atriz
Atividade 1894-1922
Cônjuge Herbert Blaché

Alice Guy-Blaché (Saint-Mandé, 1 de julho de 1873 — Wayne, 24 de março de 1968) foi uma pioneira no cinema francês. É comumente reverenciada como a primeira cineasta e roteirista de filmes ficcionais, vista como uma visionária no uso do cronofone de Gaumont para a sincronização de som, colorização, elenco interracial e uso de efeitos especiais.[1] Alice dirigiu mais de mil filmes durante vinte anos de carreira, administrou seu próprio estúdio e serviu de inspiração para vários artistas, como Alfred Hitchcock e Barbra Streisand.[2]

Vida pessoal

Alice nasceu em Saint-Mandé, em 1873. Seu pai, Emile Guy, era dono de uma rede de livrarias e de uma editora no Chile e sua mãe era Marie Clotilde Franceline Aubert. O casal mudou-se para Santiago, no Chile, logo após o casamento. Em uma viagem de vários meses a Saint-Mandé, nasceu Alice.[3] Seu pai retornou ao Chile logo após o nascimento de Alice, com sua mãe seguindo-o pouco depois. Alice ficou com os avós em Carouge, na Suíça, até os quatro anos de idade. Ela então foi enviada ao Chile para morar com os pais, onde aprendeu a falar espanhol com a governanta da casa, Conchita.[3][4]

Aos 6 anos, Alice foi mandada para a França para estudar no Colégio do Sagrado Coração, na fronteira com a Suíça, junto de seus irmãos. Na época, o sentimento comum entre os franceses era que as escolas jesuítas eram as únicas que forneciam educação de qualidade. Mas seu pai decretou falência, obrigando que Alice e os irmãos tivessem que ir para uma escola mais barata. Pouco depois disso, seu irmão mais velho morreu, aos dezessete anos. Seu pai viria a morrer em 1893, desgastado pelas condições financeiras e de saúde.[3][4]

Após a morte de seu pai, Alice treinou como estenógrafa e datilógrafa, campos novos na época, para poder sustentar à mãe e a si mesma. Ela conseguiu seu primeiro emprego em uma fábrica de verniz. Um ano depois, em 1894, começou a trabalhar com Léon Gaumont na Comptoir général de la photographie.[4]

O trabalho com Gaumont

Em 1894, Alice foi contratada por Gaumont para trabalhar na empresa de fotografia como secretária.[3] A empresa logo ruiria, mas Gaumont comprou o inventário e começou sua própria empresa, que logo se tornaria uma potência pioneira na indústria de cinema da França. Alice decidiu continuar com Gaumont em sua empresa nova, a "Gaumont Film Company", decisão que a levaria a se tornar pioneira.[5]

Logo, Alice veria como era o trabalho com filmagens e começou a aprender o negócio com clientes e funcionários. Assim, ela também conheceria Georges Demenÿ e os irmãos Auguste e Louis Lumière.[4] Em 22 de março de 1895, Alice e Gaumont foram à exibição surpresa dos Lumière, onde eles demonstraram o uso de um projetor de filme, um desafio que tanto Gaumont, como Thomas Edison e os Lumière vinham tentando solucionar. Eles exibiram um dos primeiros filmes já feitos, La Sortie de l'usine Lumière à Lyon, que consistia em uma cena mostrando trabalhadores no estúdio dos irmãos, em Lion.[4][5]

Alice logo percebeu o potencial dos filmes. Ela acreditava que filmagens não deveriam servir apenas para propósitos científicos ou com o objetivo de vender câmeras, mas que era possível incorporar elementos ficcionais em filmes.[2] Ela perguntou então a Gaumont se teria a permissão de fazer seu próprio filme em seu tempo livre e ele permitiu, que não se sabe ao certo quando foi feito.[4] Alguns fatores foram importantes para a permissão de Gaumont: ele sabia que Alice era uma ótima profissional, o potencial comercial imprevisto do filme e a fraca compreensão de Gaumont sobre o verdadeiro potencial da narrativa visual levaram a esse "sim" e à prolífica carreira de Alice.[2][3]

O primeiro filme de Alice, a primeira produção no mundo com uma narrativa cinematográfica, chama-se La Fée aux choux (A Fada do Repolho) e foi feito provavelmente em 1896, baseado em um antigo conto francês. A produção provou a Gaumont a visão pioneira e criatividade de Alice. De 1896 a 1906, ela foi chefe de produção do estúdio de Gaumont e provavelmente a única mulher diretora de cinema neste período.[6] Seus primeiros filmes tinham temas e características semelhantes aos colegas Lumière e Méliès. Fazia filmes de viagens, de shows de dança, às vezes combinando os dois temas, tendo filmado na Espanha os filmes Le Bolero (1905) e Tango (1905).[3][4]

Em 1906, ela filmou The Life of Christ, uma grande produção para a época, com trezentos figurantes. Foi pioneira no uso de gravações de áudio junto das imagens na tela, utilizando o cronofone de Gaumont. Também aplicou os primeiros efeitos especiais, usando dupla exposição da película, técnicas de máscara e até rodando o filme ao contrário.[4][5]

Solax Company

Two Little Rangers (1912).

Em 1907, Alice casou-se com Herbert Blaché, logo encarregado de produção nas operações de Gaumont nos Estados Unidos. Após trabalhar com o marido nos Estados Unidos, os dois resolveram criar sua própria empresa, em 1910, com George A. Magie, surgindo assim a Solax Company, o maior estúdio de cinema antes de Hollywood,[4] sendo Alice a primeira mulher a dirigir um estúdio, ou uma das primeiras.[5]

Estabelecida no Queens, em Nova York, o casal se dedicou a trabalhar em diversas produções. Herbert era diretor de produção e fotografia, enquanto Alice era diretora de muitos dos lançamentos da empresa. Em dois anos, eles prosperaram tanto que conseguiram investir mais de cem mil dólares em um novo e mais moderno estúdio, em Fort Lee, Nova Jersey.[7][8][9]

Vários anos depois, Alice e Herbert se divorciaram e com o declínio na indústria cinematográfica na costa leste, que migrava para a costa oeste, estabelecendo as bases da indústria de Hollywood, a parceria entre os dois acabou.[3][4]

Pós-Solax

Catherine Calvert em House of Cards (1917), escrito e dirigido por Alice Guy-Blaché
Tarnished Reputations (1920)

Seu casamento com Herbert pôs um fim à sua parceria com Gaumont e seu trabalho em seu estúdio. Alice deu à luz sua filha Simone, em Nova York, em 1908. Dois anos depois, nasceria seu segundo filho, o que não a parou de trabalhar em pelo menos três filmes por semana. Para focar apenas em roteirizar e dirigir, ela passou a presidência da Solax para Herbert.[3][4][10]

Muito se especula se o fim do estúdio se deveu à competição de Herbert com sua esposa e na necessidade de promover a si mesmo às custas do trabalho dela.[4] Alguns estudiosos de cinema argumentam que foram os maus investimentos de Herbert que levaram às dificuldades financeiras da família, obrigando-os a buscar empréstimos junto a bancos para poderem se manter. Um dos requisitos para o investimento era o de tornar Catherine Calvert em uma estrela, mas tão logo ela chegou ao estúdio da Solax, tornou-se amante de Herbert.[10]

O casal tentou manter uma parceria por algum tempo, mas o relacionamento durou pouco. Herbert deixou a esposa e os filhos para tentar carreira em Hollywood com outra atriz.[10] Alice dirigiu seu último filme em 1920, quase morrendo durante a produção devido à gripe. Em 1922, Alice e Herbert estavam oficialmente divorciados, obrigando-a a leiloar seu estúdio devido à falência. Após perder seu estúdio, ela retornou à França e nunca mais dirigiu ou produziu outro filme.[4][10]

Ela ainda tentaria mais uma vez retomar o trabalho nos Estados Unidos, em 1927, mas não teve sucesso.[10]

Morte

Alice Guy-Blaché nunca se casou novamente e em 1964 retornou ao Estados Unidos para morar com uma de suas filhas. Em 24 de março de 1968, Alice morreu, aos noventa e quatro anos, enquanto morava em um asilo. Ela foi enterrada no Cemitério Maryrest, em Mahwah, Nova Jersey.[11]

Memória

No final dos anos 1940, Alice escreveu sua biografia e em 1976 a publicou em francês.[4] Foi traduzida para o inglês em 1986 com a ajuda de sua filha, Simone, e de sua cunhada, Roberta Blaché, com o auxílio do escritor de cinema Anthony Slide. Ela também se preocupava com a inexplicável ausência de seu nome nos registros históricos da indústria do cinema. Esteve em contato constante com vários colegas e historiadores de cinema para corrigir fatos da indústria e de sua carreira. Ela criou listas com seus filmes na esperança de ser devidamente creditada por eles.[10]

Legado

Alice Guy-Blaché foi a primeira mulher a fazer filmes, sendo a primeira, ou uma das primeiras, a criar filmes com narrativa.[4] Em vinte e quatro anos de carreira dirigindo, roteirizando e produzindo filmes, ela teve mais sucesso do que muitos diretores atuais. De 1896 a 1920, ela dirigiu mais de mil filmes, mas apenas uns trezentos e cinquenta sobreviveram aos dias atuais, sendo vinte e dois deles longa-metragens.[10][12]

Alice também foi uma das primeiras mulheres, junto de Lois Weber, a ter seu próprio estúdio. Alguns de seus filmes vem sendo recuperados depois do sucesso do documentário Be Natural: The Untold Story of Alice Guy-Blaché.[13] Em 2010, o serviço de arquivo da Academia de Artes Dramáticas restaurou um curta, "The Girl in the Arm-Chair".[14]

O único marco histórico do trabalho de Alice nos Estados Unidos era o estúdio da Solax Company, em Nova Jersey. A comissão de cinema de Fort Lee, em 2008 criou então o "Alice Award", entregue anualmente, em memória de Alice Guy-Blaché.[15] Em 2012, no centenário de fundação da Solax Company, em Fort Lee, a comissão de cinema arrecadou fundos para trocar a lápide de seu túmulo no Cemitério Maryrest.[2][3][16] A nova lápide inclui o logo dos estúdios Solax e descreve seu pioneirismo no cinema. O "Golden Door Film Festival" também tem um prêmio em sua homenagem, o "Women in Film-Alice Guy Blache Award".[17]

Em 2011, FLIGHT,[18] produção da Broadway retratou uma visão ficcional da vida de Alice Guy-Blaché. No mesmo ano, a comissão de cinema de Fort Lee entrou com uma petição na Directors Guild of America para aceitar Alice como membro póstumo.[19]

Filmografia

  • La Fée aux choux (A Fada do Repolho; 1896)
  • Une nuit agitee (1897)
  • Les Cambrioleurs (1897)
  • Le Planton Du Colonel (1897)
  • Le pêcheur dans le torrent (1897)
  • Leçon de danse (1897)
  • Le cocher de fiacre endormi (1897)
  • L'aveugle (1897)
  • Idylle interrompue (1897)
  • En classe (1897)
  • Danse fleur de lotus (1897)
  • Coucher d'Yvette (1897)
  • Chez le magnétiseur (1897)
  • Ballet libella (1897)
  • Baignade dans le torrent (1897)
  • Au réfectoire (1897)
  • France et Russie (1897)
  • Scène d'escamotage (1898)
  • L'utilité des rayons x (1898)
  • Les farces de Jocko (1898)
  • L'entrée à Jérusalem (1898)
  • Le jardin des oliviers (1898)
  • Leçons de boxe (1898)
  • Le chemin de croix (1898)
  • L'aveugle fin de siècle (1898)
  • La fuite en Égypte (1898)
  • Surprise d'une maison au petit jour (1898)
  • La flagellation (1898)
  • La crèche à Bethléem (1898)
  • La cène (1898)
  • Je vous y prrrrends! (1898)
  • Jésus devant Pilate (1898)
  • Déménagement à la cloche de bois (1898)
  • Un lunch (1899)
  • Transformations (1899)
  • Monnaie de lapin (1899)
  • Mésaventure d'un charbonnier (1899)
  • Le tonnelier (1899)
  • Le tondeur de chiens (1899)
  • Les dangers de l'alcoolisme (1899)
  • Le déjeuner des enfants (1899)
  • Le crucifiement (1899)
  • Le chiffonnier (1898)
  • L'aveugle (1899)
  • La résurrection (1899)
  • La mauvaise soupe (1899)
  • La descente de croix (1899)
  • La bonne absinthe (1899)
  • Erreur judiciaire (1899)
  • Danse serpentine par Mme. Bob Walter (1899)
  • Courte échelle (1899)
  • Au cabaret (1899)
  • Valse lente (1900)
  • Une rage de dents (1900)
  • Suite de la danse (1900)
  • Saut humidifié de M. Plick (1900)
  • Retour des champs (1900)
  • Pas Japonais (1900)
  • Pas du poignard (1900)
  • Pas des éventails (1900)
  • Pas de grâce (1900)
  • Mort d'Adonis (1900)
  • L'Habanera (1900)
  • Le sang d'Adonis donnant naissance à la rose rouge (1900)
  • Le Polichinelle (1900)
  • Le matelot (1900)
  • Le marchand de coco (1900)
  • Le matelot (1900)
  • Le lapin (1900)
  • Le départ d'Arlequin et de Pierrette (1900)
  • Le danse des saisons (1900)
  • L'écossaise (1900)
  • Leçon de danse (1900)
  • Le bébé (1900)
  • La tarentelle (1900)
  • La source (1900)
  • L'arléquine (1900)
  • La reine des jouets (1900)
  • La poupée noire (1900)
  • La petite magicienne (1900)
  • La paysanne (1900)
  • L'angélus (1900)
  • La fée aux choux, ou la naissance des enfants (1900)
  • La danse du ventre (1900)
  • Gavotte directoire (1900)
  • Déclaration d'amour (1900)
  • Dans les coulisses (1900)
  • Danse serpentine (1900)
  • Danse du voile (1900)
  • Danse du pas des foulards par des almées (1900)
  • Danse du papillon (1900)
  • Dance de l'ivresse (1900)
  • Coucher d'une Parisienne (1900)
  • Chirurgie fin de siècle (1900)
  • Chez le photographe (1900)
  • Chez le Maréchal-Ferrant (1900)
  • Chapellerie et charcuterie mécanique (1900)
  • Bataille de boules de neige (1900)
  • Badinage (1900)
  • Avenue de l'opéra (1900)
  • Au bal de Flore (1900)
  • Arrivée de Pierette et Pierrot (1900)
  • Arrivée d'Arléquin (1900)
  • Tel est pris qui croyait prendre (1901)
  • Scène d'ivresse (1901)
  • Scène d'amour (1901)
  • Pas de colombine (1901)
  • Lecture quotidienne (1901)
  • Lavatory moderne (1901)
  • Hussards et grisettes (1901)
  • Frivolité (1901)
  • Danses basques (1901)
  • Charmant froufrou (1901)
  • A Peculiar Cabinet (1902)
  • Trompé mais content (1902)
  • Midwife to the Upper Classes (1902)
  • Quadrille réaliste (1902)
  • Pour secouer la salade (1902)
  • Les malabares, acrobats (1902)
  • Sage-femme de première classe (First Class Midwife) (1902)
  • Les clowns (1902)
  • Les chiens savants (1902)
  • L'équilibriste (1902)
  • Le pommier (1902)
  • Le marchand de ballons (1902)
  • Le lion savant (1902)
  • La première gamelle (1902)
  • La gigue (1902)
  • La fiole enchantée (1902)
  • La dent recalcitrante (1902)
  • La cour des miracles (1902)
  • Intervention malencontreuse (1902)
  • Farces de cuisinière (1902)
  • En faction (1902)
  • Danse mauresque (1902)
  • Danse fantaisiste (1902)
  • Danse excentrique (1902)
  • Bonsoir m'sieurs dames (1902)
  • Fruits de saison (1902)
  • Service précipité (1903)
  • Secours aux naufragés (1903)
  • Répétition dans un cirque (1903)
  • Potage indigeste (1903)
  • Nos bons étudiants (1903)
  • Ne bougeons plus (1903)
  • Modelage express (1903)
  • Lutteurs américains (1903)
  • Le voleur sacrilège (1903)
  • Les surprises de l'affichage (1903)
  • Les braconniers (1903)
  • Les aventures d'un voyageur trop pressé (1903)
  • Les apaches pas veinards (1903)
  • Le liqueur du couvent (1903)
  • Le fiancé ensorcelé (1903)
  • La valise enchantée (1903)
  • La poule fantaisiste (1903)
  • La main du professeur Hamilton ou le roi des dollars (1903)
  • La chasse au cambrioleur (1903)
  • Jocko musicien (1903)
  • Illusionniste renversant (1903)
  • Faust et Méphistophélès (1903)
  • Enlèvement en automobile et mariage précipité (1903)
  • Compagnons de voyage encombrants (1903)
  • Comme on fait son lit on se couche (1903)
  • How Monsieur Takes His Bath (1903)
  • Cake-walk de la pendule (1903)
  • Paris la nuit (1904)
  • L'oiseau envolé (1904)
  • Les enfants du miracle (1904)
  • Les deux rivaux (1904)
  • Le pompon malencontreux (1904)
  • Le crime de la Rue du Temple (1904)
  • L'assassinat du courrier de Lyon (1904)
  • La leçon de pipeau (1904)
  • La gavotte de la reine (1904)
  • Comment on disperse les foules (1904)
  • Après la fête (1904)
  • Pierrot, Murderer (1904)
  • La première cigarette (1904)
  • V'la le rétameur (1905)
  • Viens, poupoule (1905)
  • Valsons (1905)
  • Si ça t'va (1905)
  • Saharet, boléro (1905)
  • Réhabilitation (1905)
  • Polin, l'anatomie du conscrit (1905)
  • Miss Helyett: Air du portrait (1905)
  • Lilas blanc (1905)
  • Dranem Performs 'The True Jiu-Jitsu' (1905)
  • My Quay's Hole (1905)
  • Le tango (1905)
  • Les p'tits pois (1905)
  • Les maçons (1905)
  • Le rire du nègre (1905)
  • Le petit panier (1905)
  • Le petit Grégoire (1905)
  • L'enfant du cordonnier (1905)
  • Le coq dressé de Cook et Rilly (1905)
  • Le boléro cosmopolite (1905)
  • La statue (1905)
  • La polka des trottins (1905)
  • La paimpolaise (1905)
  • La mattchiche (1905)
  • La malagueña et le torero (1905)
  • La fifille à sa mère (1905)
  • La charité du prestidigitateur (1905)
  • Jeune homme et le trottin (1905)
  • Five O'Clock Tea (1905)
  • Être légume (1905)
  • Espagne (1905)
  • Cucurbitacée (1905)
  • Clown, chien et ballon (1905)
  • Chez le dentiste (1905)
  • C'est une ingénue (1905)
  • Cake-walk nègre (1905)
  • Allumeur-Marche (1905)
  • À la cabane bambou (1905)
  • Un soulier pour un jambon (1906)
  • Une histoire roulante (1906)
  • Une course d'obstacle (1906)
  • Un cas de divorce (1906)
  • Questions indiscrètes (1906)
  • Mireille (1906)
  • The Consequences of Feminism (1906)
  • Le songe du pêcheur (1906)
  • Le Noël de Monsieur le curé (1906)
  • Le fils du garde-chasse (1906)
  • Le cochon de lait (1906)
  • The Birth, the Life and the Death of Christ (1906)
  • La vérité sur l'homme-singe (1906)
  • La hiérarchie dans l'amour (1906)
  • The Irresistible Piano (1907)
  • L'enfant de la barricade (1907)
  • Le ballon dirigeable 'Le patrie' (1907)
  • Fanfan la Tulipe (1907)
  • Une héroïne de quatre ans (1907)
  • One Touch of Nature (1908)
  • The Sergeant's Daughter (1910)
  • A Child's Sacrifice (1910)
  • A Fateful Gift (1910)
  • A Widow and Her Child (1910)
  • Her Father's Sin (1910)
  • What Is to Be, Will Be (1910)
  • Lady Betty's Strategy (1910)
  • Two Suits (1910)
  • The Pawnshop (1910)
  • The Nightcap (1911)
  • The Girl and the Burglar (1911)
  • A Reporter's Romance (1911)
  • His Best Friend (1911)
  • Ring of Love (1911)
  • Mixed Pets (1911)
  • Corinne in Dollyland (1911)
  • Love's Test (1911)
  • A Costly Pledge (1911)
  • Out of the Arctic (1911)
  • Put Out (1911)
  • Greater Love Hath No Man (1911)
  • La Esméralda (1905) (based on the Victor Hugo novel, The Hunchback of Notre Dame)
  • A Fool and His Money (1912)
  • Algie the Miner (1912)
  • Falling Leaves (1912)
  • Making an American Citizen (1912)
  • A House Divided (1913)
  • The Pit and the Pendulum (1913)
  • Shadows of the Moulin Rouge (1913)
  • Matrimony's Speed Limit (1913)
  • The Monster and the Girl (1914)[20]
  • The Woman of Mystery (1914)
  • The Tigress (1914)
  • The Lure (1914)
  • My Madonna (1915)
  • The Shooting of Dan McGrew (1915)
  • The Vampire (1915)
  • The Ocean Waif (1916)
  • House of Cards (1917)
  • Behind the Mask (1917)
  • House of Cards (1917)
  • A Man and a Woman (1917)
  • The Great Adventure (1918)
  • A Soul Adrift (1919)
  • Vampire (1920)
  • Tarnished Reputations (1920)

Referências

  1. Biography.com (ed.). «Alice Guy-Blaché». A&E Television Networks. Consultado em 27 de março de 2017 
  2. a b c d Película Criativa (ed.). «Conheça a história de Alice Guy-Blaché: a primeira cineasta do mundo». Película Criativa. Consultado em 27 de março de 2017. Arquivado do original em 27 de março de 2017 
  3. a b c d e f g h i Blaché, Roberta e Simone (1996). The Memoirs of Alice Guy Blaché (The Scarecrow Filmmakers Series). França: Scarecrow Press. p. 212. ISBN B00DZMYCBI Verifique |isbn= (ajuda) 
  4. a b c d e f g h i j k l m n o McMahan, Alison (2003). Alice Guy Blaché: Lost Visionary of the Cinema. Londres: Bloomsbury Academic. p. 408. ISBN 978-0826451576 
  5. a b c d Nfb.ca (ed.). «The Lost Garden: The Life and Cinema of Alice Guy-Blaché». Nfb.ca. Consultado em 27 de março de 2017 
  6. «Alice Guy Blaché – Women Film Pioneers Project». wfpp.cdrs.columbia.edu. Consultado em 27 de março de 2017 
  7. Koszarski, Richard (2004), Fort Lee: The Film Town, ISBN 0-86196-653-8, Rome, Italy: John Libbey Publishing 
  8. «Fort Lee Film Commission». Fort Lee Film Commission. Consultado em 27 de março de 2017. Arquivado do original em 5 de abril de 2011 
  9. Fort Lee Film Commission (2006), Fort Lee Birthplace of the Motion Picture Industry, ISBN 0-7385-4501-5, Arcadia Publishing 
  10. a b c d e f g McMahan, Alison. Simon, Joan, ed. Madame Blaché in America. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 978-0-300-15250-0 
  11. «Find-a-Grave». Findagrave.com. Consultado em 27 de março de 2017 
  12. Alison McMahan (ed.). «Research Sheds New Light on Cinema Pioneer». LA Times. Consultado em 27 de março de 2017 
  13. «Be Natural: The untold story of Alice Guy-Blaché». Kickstarter.com. Consultado em 27 de março de 2017 
  14. «Preserved Projects». Academy Film Archive. Consultado em 27 de março de 2017 
  15. «Fortleefilm.org». Fortleefilm.org. Consultado em 27 de março de 2017 
  16. Svetlana Shkolnikova. «New Jersey Hall of Fame». NorthJersey.com. Consultado em 27 de março de 2017 
  17. Ruptam, Mohindra, «53 films to be screened at Golden Door International Film Festival», The Jersey Journal, consultado em 27 de março de 2017 
  18. «Flight». Pacific Performance Project East. 2012. Consultado em 27 de março de 2017. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2013 
  19. Svetlana Shkolnikova. «North.Jersey.com». NorthJersey.com. Consultado em 27 de março de 2017 
  20. Alice Guy The Monster and The Girl

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Alice Guy-Blaché
  • Reel Women Media
  • Alice Guy Blaché, visionária esquecida do Cinema
  • Alice Guy-Blaché. no IMDb.
  • Alice Guy Blaché no Women Film Pioneers Project
  • Literatura sobre Alice Guy-Blaché
  • The Lost Garden: The Life and Cinema of Alice Guy-Blaché no Departamento Nacional de Cinema, do Canadá
  • Women Make Movies site de The Lost Garden: The Life and Cinema of Guy-Blaché
  • Eventos importantes na vida de Alice Guy-Blaché
  • Os filmes de Alice Guy-Blaché
  • Alice Guy na KinoTV
  • Portal de biografias
  • Portal das mulheres
  • Portal da arte
  • Portal do cinema
  • Portal da França
Controle de autoridade