Equivalente

Equivalente ( E q {\displaystyle Eq} ou e q {\displaystyle eq} ) é uma medida de quantidade de matéria, sendo definida como a massa, em gramas, de uma substância que pode reagir com 6 , 022 10 23 {\displaystyle 6,022*10^{23}} eletrons.[1]

6 , 022 10 23 {\displaystyle 6,022*10^{23}} é o número de Avogadro, que é o número de partículas de um mol. Assim, o equivalente é a massa, em gramas, de uma dada substância que pode reagir com um mol de elétrons.

Equivalente é uma unidade utilizada em química e nas ciências biológicas. Traduz a tendência de uma substância a combinar-se com outras substâncias. É geralmente usada para determinar a normalidade.

Em outra definição, menos precisa, equivalente é o número de gramas de substância que pode reagir com um grama de hidrogénio atómico.

O equivalente poderia ser também formalmente definida através da quantidade de substância que irá:

  1. reagir com o fornecimento de uma mole de íons de hidrogênio ( H + {\displaystyle H^{+}} ) em uma reação ácido-base; ou
  2. reagir com ou fornecer um mol de elétrons em uma reação redox.[2][3]

Os equivalentes são expressos em número de equivalente grama ( n E q g {\displaystyle nEqg} ).

Para cada tipo de substância, existe uma forma de se calculá-lo:

  • ÁCIDOS→ Número de Hidrogénios Ionizáveis ( H + {\displaystyle H^{+}} ligado a O {\displaystyle O} )
Ex.: H 2 ( S O 4 ) = 2   Hidrogénios Ionizáveis 2 E q g {\displaystyle H_{2}(SO_{4})=2~{\text{Hidrogénios Ionizáveis}}-2Eqg}
  • BASES→ Número de grupos "hidroxi" ( O H {\displaystyle OH^{-}} )
Ex.: A l ( O H ) 3 = 3 E q g {\displaystyle Al{(OH)}_{3}=3Eqg}
Ex.: N a C l = N a 1 + + C l 1 = 1 E q g {\displaystyle NaCl=Na^{1+}+Cl^{1-}=1Eqg}
  • Exemplo 1: '"`UNIQ--postMath-0000000D-QINU`"', Ácido sulfúrico.
    Exemplo 1: H 2 ( S O 4 ) {\displaystyle H_{2}(SO_{4})} , Ácido sulfúrico.
  • Exemplo 2: Estrutura cristalina do '"`UNIQ--postMath-0000000E-QINU`"', Hidróxido de alumínio.
    Exemplo 2: Estrutura cristalina do A l ( O H ) 3 {\displaystyle Al{(OH)}_{3}} , Hidróxido de alumínio.
  • exemplo 3: Estrutura cristalina do '"`UNIQ--postMath-0000000F-QINU`"', sal.
    exemplo 3: Estrutura cristalina do N a C l {\displaystyle NaCl} , sal.

Outra definição, ainda mais imprecisa, descreve o equivalente como o número de gramas da substância que irá reagir com um grama de hidrogênio puro - o que é verdade, já que um grama de hidrogênio equivale a aproximadamente um mol, e o hidrogénio puro tem um elétron livre; assim, um grama de hidrogénio equivale aos elétrons).

Desse modo, o peso equivalente de uma dada substância é efectivamente igual à quantidade de substância em mols, dividido pela valência da substância.

Na prática, o peso equivalente tem muito pouca importância e, sendo assim, ele é frequentemente descrito em miliequivalente ( m E q {\displaystyle mEq} ou m e q {\displaystyle meq} ), sendo que o prefixo mili denota que a quantidade é dividida por 1000.

Com muita frequência, a medida é usada em termos de miliequivalência do soluto por litro de solvente ( m E q L {\displaystyle {\frac {mEq}{L}}} ). Isto é especialmente comum para a medida de compostos em fluidos biológicos. Por exemplo, o nível saudável de potássio no sangue humano é definido entre 3.5 {\displaystyle 3.5} e 5.0   m E q L {\displaystyle 5.0~{\frac {mEq}{L}}} .

Equivalentes têm vantagem sobre outras medidas de concentração (como o mol) na análise quantitativa das reações. O melhor de se usar equivalentes é que não há necessidade de estudar-se muito sobre a natureza da reação. Por exemplo, não é necessário analisar e balancear as equações químicas. Os equivalentes dos reagentes reagem em número igual aos equivalentes dos produtos.

No caso de reações químicas trabalhosas, são usados equivalentes (ou miliequivalentes).

Ver também

Referências

  1. Equivalente químico
  2. IUPAC, Compêndio de Terminologia Química, 2ª ed. ("Gold Book"). Compilado por A. D. McNaught e A. Wilkinson. Blackwell Scientific Publications, Oxford (1997). Versão online: "equivalent entity"  (2006–) criado por M. Nic, J. Jirat, B. Kosata; atualizações compiladas por A. Jenkins. ISBN 0-9678550-9-8.
  3. União Internacional de Química Pura e Aplicada (1998). Compendium of Analytical Nomenclature (definitive rules 1997, 3rd. ed.). Oxford: Blackwell Science. ISBN 0-86542-6155. seção 6.3 Arquivado em 26 de julho de 2011, no Wayback Machine.. (em inglês)

Bibliografia

  1. Gordon M. Brarrow, Fisico-quimica. Reverte, ISBN 8-585-00605-6.
  2. Paul Strathern, O Sonho de Mendeleiev: A verdadeira história da química, Zahar ISBN 8-537-80540-8
  3. GIOVANNI M. DE ARAUJO, Normas regulamentadoras comentadas, Gerenciamento Verde Editora ISBN 8-599-33131-0
  4. Sierieda I. p., I. P. Sierieda, Problemas de química, Reverte, 1979 ISBN 8-429-17496-6 (em castelhano)
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