Guerra de Coto

Guerra de Coto

Descrição da Guerra de Coto em 1921.
Data 20 de fevereiro de 1921-
5 de março de 1921
Local Pueblo Nuevo de Coto e oeste de Bocas del Toro
Desfecho Armistício.
Mudanças territoriais Panamá: Perda de Pueblo Nuevo de Coto e a zona oeste da bacia de Sixaola.
Costa Rica: Devolução de Bocas del Toro ao Panamá.
Beligerantes
Costa Rica Panamá
Comandantes
Julio Acosta García Belisario Porras
Forças
~ 2 000 1 700 (metade eram voluntários)
Baixas
31 militares mortos
48 militares feridos
1 civil morto
3 militares feridos
2 civis feridos

A Guerra de Coto foi um conflito militar entre o Panamá e a Costa Rica que ocorreu entre 20 de fevereiro de 1921 até o início de março do mesmo ano; quando uma força expedicionária liderada pelo coronel Héctor Zúñiga Mora, ocupou em nome da Costa Rica a cidade de Pueblo Nuevo de Coto, uma aldeia às margens do rio de mesmo nome pertencente ao distrito de Alanje na província panamenha de Chiriqui. A invasão foi justificada pelo fato de que não havia nenhuma fronteira definida entre a Costa Rica e o Panamá.[1]

Esta invasão inflamou o nacionalismo, tanto na Costa Rica como no Panamá. Na capital San Jose e no restante da Costa Rica, foram organizados exércitos de voluntários e regulares contra os panamenhos. No Panamá, especialmente na província de Chiriqui, foi organizada da mesma forma uma defesa contra o ato de invasão.

Embora o Panamá vencesse a guerra pelo aspecto militar, teve que ceder o território de Coto e o oeste da bacia do Rio Sixaola para a Costa Rica por pressão dos Estados Unidos, sob o Fallo White, que em defesa dos interesses das companhias bananeiras tomaram medidas drásticas para reduzir o conflito[2]; embora toda a população que vivia na área, cerca de mil habitantes, fossem em sua totalidade panamenha. No entanto, a Costa Rica foi obrigada a devolver a ocupada Bocas del Toro ao Panamá.

O resultado deste conflito é um exemplo da intervenção dos Estados Unidos em favor de seus interesses nos assuntos da América Central, que muitas vezes aconteceriam durante as Guerras das Bananas.

Referências

  1. «El Conflicto de Coto y memoria histórica». La Estrella de Panamá 
  2. Eladio Ostía Pravia. «No perdimos la guerra, en lugar de ello ganamos héroes». La Prensa.