Via de administração

Via de administração refere-se à aplicação e transporte de um fármaco ao local de ação.[1]

Classificação

As vias de administração de fármacos podem ser a grosso modo divididas em:

  • Tópica: efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja a sua ação (o fármaco é exposto sobre a pele).
  • Enteral: efeito sistêmico (não-local); recebe-se a substância via trato digestivo.
  • Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo.

A agência FDA americana reconhece 119 tipos diferentes de vias de administração. A seguir está uma lista breve de algumas delas.

Tópica

  • epidérmica (aplicação sobre a pele), p. ex. teste de alergia, anestesia local tópica
  • inalável, p. ex. medicamentos para asma
  • enema, p. ex. meio de contraste para imagem digestiva
  • colírios (sobre a conjuntiva), p. ex. antibióticos para conjuntivite
  • gotas otológicas, como antibióticos e corticoides para otite externa
  • intranasal, p. ex. spray descongestionante nasal

Parenteral por injeção ou infusão

  • injeção intravenosa (na veia), p. ex. várias drogas, nutrição parenteral total
  • injeção intra-arterial (na artéria), p. ex. drogas vasodilatadoras para o tratamento de vasoespasmos e drogas trombolíticas para o tratamento de embolia
  • injeção intramuscular (no músculo), p. ex. várias vacinas, antibióticos e agentes psicoativos de longa duração.
  • injeção intracardíaca
  • injeção subcutânea (sob a pele), p. ex. insulina
  • infusão intraóssea (na medula óssea) é um acesso intravenoso indireto porque a medula óssea acaba no sistema circulatório. Esta via é usada ocasionalmente para drogas e fluidos na medicina de emergência e na pediatria, quando o acesso intravenoso é difícil
  • injeção intradérmica, (na própria pele) é usada para teste de pele de alguns alergênicos e também para tatuagens
  • injeção intraperitoneal, (no peritônio) é predominantemente usada na medicina veterinária e no teste de animais para a administração de drogas sistêmicas e fluidos, devido à facilidade de administração comparada com outros métodos parenterais.

Parenteral (que não por injeção ou infusão)

  • transdérmica (difusão através da pele intacta), p. ex. emplastro de opioide transdérmico para terapia da dor
  • transmucosa (difusão através de uma membrana mucosa), p. ex. inalação de cocaína, nitroglicerina sublingual
  • inalável, p. ex. inalação de anestésicos.

Outras

Ver também

Referências

  1. PATRÍCIA MANUELA ALMEIDA COIMBRA. «Preparação e Caracterização de Sistemas de Libertação Controlada de Fármacos com base em Polímeros de Origem Natural» (PDF). Consultado em 7 de Setembro de 2018 

Ligações externas

  • FDA Center for Drug Evaluation and Research Data Standards Manual: Route of Administration.
  • FDA Center for Drug Evaluation and Research Data Standards Manual: Dosage Form.
  • Portal da farmácia
Controle de autoridade
  • Wd: Q621636
  • JSTOR: routes-of-administration
Identificadores