Walter Pires de Carvalho e Albuquerque

Walter Pires de Carvalho e Albuquerque
Walter Pires de Carvalho e Albuquerque
Dados pessoais
Nascimento 6 de junho de 1915
Paranaguá, PR
Morte 14 de agosto de 1990 (75 anos)
Rio de Janeiro RJ
Ruth de Magalhães Pires de Albuquerque
Vida militar
País  Brasil
Força Exército
Anos de serviço 51 anos (de 1934 a 1985)
Hierarquia
General de exército
Comandos

Walter Pires de Carvalho e Albuquerque GOA (Paranaguá, 6 de junho de 1915 — 14 de agosto de 1990) foi um general-de-exército brasileiro, ministro do Exército no governo de João Figueiredo.

Biografia

Filho do General Heitor Pires de Carvalho e Albuquerque e Aline Loyola Pires e Albuquerque, sendo descendente da Casa da Torre de Garcia D'Avila, polo da Nacionalidade Brasileira.

Praça de 10 de março de 1934, graduou-se aspirante-a-oficial de cavalaria em 11 de janeiro de 1937, na Escola Militar do Realengo. Promovido a Capitão em 25 de dezembro de 1944, realizou o curso da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Em seguida, fez o Curso Avançado de Blindados em Fort Knox, nos Estados Unidos da América.

Ascendeu ao posto de Major em 25 de outubro de 1951 e depois diplomou-se pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde posteriormente exerceu a função de instrutor por mais de 7 anos. Foi promovido a Tenente-Coronel em 25 de abril de 1958.

Militante anti-getulista, em 1952 participou das desordens que levaram à queda do ministro Estillac Leal e do presidente Carlos Luz em 1955.[1] Como tenente-coronel fez parte do Serviço Federal de Informações e Contrainformação, sob o comando do coronel Ednardo D'Ávila Mello.[1]

Foto do General Walter Pires existente na sala do Alto Comando do Exército

Na Escola Superior de Guerra, realizou os cursos de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas e Superior de Guerra. Foi Chefe do Estado-Maior do Destacamento Tiradentes (tropa que se deslocou de Minas Gerais para o Rio de Janeiro nos dias 31 de março e 1º de abril de 1964).

Coronel em 25 de abril de 1964, comandou o 3.º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Bagé, foi Chefe do Estado-Maior da 1ª Região Militar e Chefe de Gabinete do Departamento-Geral do Pessoal, ambos no Rio de Janeiro.

Ao ser promovido a General de Brigada em 25 de março de 1969, comandou a então 2ª Divisão de Cavalaria (hoje 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada) em Uruguaiana. Depois, foi Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, em Brasília. Em seguida, foi designado Comandante da então Divisão Blindada, no Rio de Janeiro, que durante seu comando passaria a se chamar 5ª Brigada de Cavalaria Blindada.

A 18 de Julho de 1972 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis de Portugal.[2]

Ascendeu a General de Divisão em 31 de julho de 1974, exercendo os cargos de Subchefe do Estado-Maior do Exército, em Brasília, e Comandante da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro.

Ao ser promovido a General de Exército em 31 de março de 1978, foi designado Chefe do Departamento de Material Bélico. Por meio de Decreto Presidencial de 15 de março de 1979, foi nomeado para o cargo de Ministro de Estado do Exército, função que exerceu por 6 anos.[3]

Homenagens

O Centro de Instrução de Blindados General Walter Pires, unidade de ensino do Exército localizada em Santa Maria (Rio Grande do Sul), possui esse nome histórico em sua homenagem. A Portaria Ministerial número 656, de 11 de outubro de 1996, instituiu essa denominação.[4]

Referências

  1. a b Gaspari, Elio (2014). A Ditadura Derrotada 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca. 544 páginas. ISBN 978-85-8057-432-6 
  2. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Walter Pires de Carvalho e Albuquerque". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 29 de março de 2016 
  3. «Biografia do General Walter Pires no site do Centro de Instrução de Blindados». Consultado em 12 de dezembro de 2014 
  4. «Site do Centro de Instrução de Blindados». Consultado em 12 de dezembro de 2014 

Precedido por
Fernando Belfort Bethlem

6º Ministro do Exército

1979 — 1985
Sucedido por
Leônidas Pires Gonçalves
  • v
  • d
  • e
Vice-presidente
Aureliano Chaves (1979–1985)
João Figueiredo, 30.º Presidente do Brasil
Ministérios
Aeronáutica
Agricultura
Antônio Delfim Netto (1979) •

Ângelo Amaury Stábile (1979-1984) •

Nestor Jost (1984-1985)
Comunicações
Desburocratização
Hélio Beltrão (1979-1983) • João Geraldo Piquet Carneiro (1983-1985)
Educação
Eduardo Portella (1979–1980) •

Rubem Carlos Ludwig (1980–1982) •

Esther de Figueiredo Ferraz (1982-1985)
Exército
Walter Pires de Carvalho e Albuquerque (1979–1985)
Fazenda
Karlos Heinz Rischbieter (1979-1980) •

Márcio Fortes (1979-1980) • Ernane Galvêas (1980–1985) • Eduardo Pereira de Carvalho (1980 - 1981) •

Carlos Viacava (1981 - 1984)
Indústria e Comércio
João Camilo Penna (1979–1984) • Murilo Badaró (1984-1985)
Interior
Mário Andreazza (1979–1985)
Justiça
Petrônio Portella (1979-1980) •

Golbery do Couto e Silva (1980) •

Ibrahim Abi-Ackel (1980-1985)
Marinha
Maximiano Eduardo da Silva Fonseca (1979–1984) • Alfredo Karam (1984–1985)
Minas e Energia
César Cals (1979–1985)
Planejamento
Previdência Social
Jair Soares (1979-1982) •

Hélio Beltrão (1982-1983) •

Jarbas Passarinho (1983-1985)
Relações Exteriores
Saúde
Trabalho
Murilo Macedo (1979–1985)
Transportes
Eliseu Resende (1979-1982) • Cloraldino Soares Severo (1982-1985)
Secretarias
(ligadas à
Presidência da
República)
Meio Ambiente
Comunicação Social
Said Farhat (1979-1980) • Emmanuel Vargas Leal (1980)
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Casa Civil
Consultoria Geral da República
Clóvis Ramalhete Maia (1979-1981) •

Paulo Cesar Cataldo (1981-1984) •

Ronaldo Poleti (1984-1985)
Estado Maior das Forças Armadas
Serviço Nacional de Informações
Gabinete Militar
Danilo Venturini (1979-1982) • Rubem Carlos Ludwig (1982-1985)
← Gabinete de Ernesto Geisel (1974–1979) • Gabinete de José Sarney (1985–1990) →
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Estado e
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(2.ª e 3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Até 1967, o responsável pela gestão do Exército era o ministro da Guerra. De 1967 até 10 de junho de 1999 — data da criação do Ministério da Defesa — o responsável era o ministro do Exército. Após essa data, passou a ser denominado comandante do Exército.
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